segunda-feira, 16 de abril de 2007

Partrick Wolf vai encantar Lisboa



Patrick Wolf é o típico caso de prodígio musical.

Apesar de não ser um dos maiores sucessos em vendas em Inglaterra, o cantor e multi-instrumentista britânico surpreende tanto pelo histórico - aos 11 anos, criou um theremin ( instrumento eletrônico) caseiro e aos 14, já andava na estrada -, quanto pela qualidade na hora de compor, como se pode comprovar em “The Magic Position”, o seu terceiro álbum.

Wolf condensa na sua música elementos de eletrónica, sem ser um produto fabricado para as discotecas; pop, sem soar descartável; e em menor escala folk, sem soar antiquado.

Às vezes, a mistura soa inoportuna ou mesmo desequilibrada, como na quase sintética “The Stars”, principalmente no interlúdio perturbador “Secret Garder” ou na simplesmente chata “Get Lost”.

Todavia, os pormenores negativos acabam sendo poucos.
O músico acerta em cheio fazendo com que as linhas de violino se encontrem de forma harmoniosa com batidas eletro na dançante “Overture” e na jovial “The Magic Position” , enquanto o piano dita as regras no clima jazzy de “Enchanted” e em “Magpie”, que conta com a participação de Marianne Faithfull.
Pautada na new wave, “Accident and Emergency” também merece destaque.
Se continuar com sua trajetória ascendente, Patrick Wolf tem tudo para se tornar um dos grandes nomes do cenário britânico daqui a alguns anos.

Enquanto o tempo, o único capaz de tornar a ideia em um facto concreto segue o seu curso normal, “The Magic Position” deixa o talentoso músico em, com o perdão da paráfrase óbvia - e um tanto estúpida -, uma posição mágica.

Patrick Wolf actua amanhã na Discoteca Lux, em Lisboa.
Um concerto a não perder.





Patrick Wolf no Lux a 18 de Abril

Patrick Wolf, nascido a 30 de Junho de 1983, no St. Thomas Hospital deLondres, é um cantor-compositor da zona sul daquela cidade.
A educação musical de Patrick Wolf começa cedo com lições de violino e participações em grupos corais de igreja.
Desde logo grava canções com violino e voz e até perto dos dezasseis anos, trabalha com vários grupos onde vai demonstrando o seu talento e a sua versatilidade.
Mais tarde escolhe uma vida de liberdade pela cidade de Londres vindo a formar o agrupamento MAISON CRIMINEAUX.
Entretanto continua a compôr e a gravar as sua próprias composições.

Acontece que aquando de uma actuação em Paris é ouvido pelo maestro Kristian Robinson que lhe deu a oportunidade de gravar o seu primeiro album LYCANTHROPY.
Durante a gravação deste album Patrick estudou composição no Trinity College of Music durante cerca de um ano Lycanthropy é lançado no Verão de 2003.
O seu segundo album, WIND IN THE WIRES, aparece com a mesma etiqueta e é alvo de forte aplauso da crítica.

E os sucessos sucedem-se com THE MAGIC POSITION, o terceiro album que aparece em 2005
A 27 de Fevereiro de 2007, numa entrevista ao The London Paper, Patrick assume a sua ambiguidade sexual e afirma que "... não sabe se estará destinado a viver com um cavalo, uma mulher ou um homem. É isto que torna a vida mais fácil."
Um músico controverso mas cujo grande talento faz esquecer o que de louco possa perpassar na sua Música.





Música no Teatro de Gil Vicente

Dia 20 de Abril
21h30


Robert Fripp Soundscapes & The League of Crafty Guitarists


The League of Crafty Guitarists (LCG) é um ensemble de guitarras, que integra músicos de todo o mundo.
O número de integrantes varia entre 9 e 12 guitarristas.
Os espectáculos alternam entre os Soundscapes ("Paisagens Sonoras") de Fripp na guitarra eléctrica sintetizada através do seu actual "Solar Voyager System", as peças em ensemble de guitarra acústica dos The LCG, e Fripp & The LCG juntos em palco.
O repertório dos The LCG evolui constantemente e está aberto a todos os estilos. A música mantém-se fiel a um conceito comum e inclui uma ampla variedade de composições originais para além de adaptações de peças de King Crimson, The Beatles, Fripp, California Guitar Trio, Bela Bartok e Astor Piazzolla.
The LCG foi fundado em 1986 e desde então tem apresentado o seu trabalho em frente a fervorosas audiências Americanas e Europeias.
As guitarras de Fripp & The LCG estão afinadas na Nova Afinação Standard (NST: New Standard Tuning) que estende o campo sónico da afinação tradicional do instrumento.
Uma parte destacada e característica do repertório são as composições improvisadas e/ou escritas, conhecidas como Circulações, onde os guitarristas vão passando notas uns aos outros que vão sendo tecidas e manipuladas pelo conjunto do Ensemble e que se combinam com os Soundscapes de Fripp.

Robert Fripp

É um dos génios maiores da música, um dos nomes incontornáveis da história do progressivo.
Ao longo de quatro décadas, como senhor quase absoluto da produção criativa dos lendários King Crimson ou como mestre de um número infindável de músicos e criadores, Robert Fripp tornou-se uma autêntica lenda viva.
"In The Court Of The Crimson King" (1969), o álbum de estreia dos King Crimson, é considerado pedra basilar de toda uma abordagem estética e artística que se lhe seguiu.
O magistral uso dos instrumentos (o mellotron, a flauta, a guitarra), a capacidade lírica e de composição, a força visionária da música, cedo revelaram o génio por detrás da obra.
Com o passar dos anos e das sucessivas encarnações do projecto, Fripp foi-se revelando um dos homens da música à frente do seu tempo.
Progressivos na verdadeira essência da palavra, os King Crimson nunca pararam a admirar a obra feita.
Fripp é um insatisfeito, um perfeccionista e um explorador das possibilidades sónicas.
Criador do famoso "Frippertronics", uma tecnologia que permite retirar todos os sons possíveis e imaginários de uma simples guitarra eléctrica, Robert Fripp é ainda hoje um experimentador, construindo em cada "performance" paisagens sonoras únicas, a que chama sugestivamente "soundscapes". (Jorge Costa)
Esta tournée em Portugal, que inclui uma série de três concertos, marca também o regresso de Robert Fripp a Portugal, depois de uma passagem fugaz, com os King Crimson, no início dos anos 80.

Ficha artística:

Músicos Robert Fripp (Soundscapes), Hernan Nunez (Director LCG), Mariana Scaravilli (LCG), Ignacio Furones (LCG), Leonardo Requejo (LCG), Fumihito Hatano (LCG), Shinkuro Matsuura (LCG), Daniel Arias (LCG), Martin De Aguirre (LCG), Jacopo Bertacco (LCG) e Luciano Pietrafesa (LCG)

Organização TAGV, no âmbito da programação «TAGV Grandes Concertos»