quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Espectáculo de reabertura do Theatro Circo

Tendo por nobre missão a evocação do primeiro ano de actividade após a sua reabertura em 2006, o Theatro Circo propõe para 27 de Outubro pelas 21h30 a solene actuação da Companhia Nacional de Bailado, que, na circunstância, apresenta o seu “Programa de Primavera".

Assim, no ano em que também se assinalam os trinta anos de actividade da entidade que tão excelentemente tem contribuído para a qualidade do panorama artístico nacional, a Companhia Nacional de Bailado traz a Braga as performances “Passo Contíguo”, de Mauro Bigonzetti, “The Vertiginous Thrill of Exactitude”, de William Forsythe, “Treze Gestos de Um Corpo”, de Olga Roriz, e “Dualidade”, de Gagik Ismailian.

Definido pelo próprio coreógrafo como «um bailado muito corporal», “Passo Contínuo” surge da inspiração nas vivências profissionais, artísticas e da vida em geral, expressas através das experiências e emoções do corpo que, sem a pretensão de relatar algo, constitui apenas uma expressão de encontro e colisão, fusão e separação.


No âmbito musical, Mauro Bigonzetti escolheu uma obra original de Antongiulio Galeandro constituída por improvisações sobre composições de Johann Sebastian Bach.

Revestida de todos os elementos tradicionais da dança clássica – tutus, sapatilhas de ponta, virtuosismo, lirismo e uma agradável formalidade na relação entre os sexos – “The Vertiginous Thrill of Exactitude”, de William Forsythe, proporciona um perfeito enquadramento na actualidade, que se traduz, segundo Roslyn Sulcas, «na manifesta celebração da capacidade dos bailarinos em converterem a dificuldade técnica num triunfo de mestria física, e na sua patente personificação de toda uma tradição na dança».

Inspirada no último andamento da Sinfonia n.º 9 de Franz Schubert, a performance concebida pelo coreógrafo nova-iorquino distingue-se ainda pela capacidade única de ilustrar o modo como Forsythe concebe o vocabulário balético, parte de um leque de possibilidades coreográficas, aqui destiladas até à sua forma mais pura e brilhante.

Com música de António Emiliano, “Treze Gestos de um Corpo”, de Olga Roriz desenvolve-se a partir do reflexo de uma pessoa em frente de dois espelhos paralelos que formam uma multiplicação de imagens até ao infinito. Contudo, cada um desses espelhos reflecte imagens diferentes, como se em cada um houvesse uma evolução, uma transformação do movimento ou a continuação do gesto anterior.

Numa tentativa de traduzir para palavras a essência da sua coreografia, Olga Roriz recorre a um excerto de “L’Oeuvre au Noir” de Marguerite Yourcenar que fala das qualidades de uma substância vista em sonhos. «A ligeireza, a impalpabilidade, a incoerência, a liberdade total em relação ao tempo, a mobilidade das formas da pessoa que faz com que cada uma sejam várias e que todas sejam reduzidas a uma, o sentimento quase platónico da reminiscência, o sentido quase insuportável de uma necessidade» são as sensações que a novelista francesa descreve e que encontram paralelo nos movimentos idealizados por Olga Roriz.


Concebida por Gagik Ismailian, “Dualidade” desenvolve-se nos sons de Henry Torque, Serge Houppin e Wim Mertens e em extractos de canções da diva Amália Rodrigues, que acompanham uma coreografia materializada numa confrontação e emancipação entre os dois sexos, um duelo em torno da ideia de confrontar e deliciosamente esperar pela reacção do adversário.

Única companhia de dança nacional vocacionada para reportórios clássicos, românticos e contemporâneos, a Companhia Nacional Bailado, que se encontra em plena digressão nacional, regressa também este ano aos palcos internacionais com passagens por Espanha, Macedónia, Alemanha, Tailândia e Singapura.

Criada em 1977 para cumprir o serviço público de apresentar, regularmente e em todo o território nacional, o conjunto das obras do património coreográfico clássico e romântico, a Companhia Nacional de Bailado começou por estrear nesse mesmo ano os bailados “Lago dos Cisnes”, “Canto de Amor e Morte”, “O Quebra-Nozes”, “Suite Medieval” e “D. Quixote”.

Actualmente empenhada em imprimir uma nova dinâmica de apresentação dos bailados em território nacional, renovar o elenco e proceder a um alargamento do âmbito do reportório e da impressão no tecido artístico internacional, a Companhia Nacional de Bailado destaca-se ainda pelas colaborações regulares com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Nacional do Porto, ou o Quarteto de Piano de Amesterdão.

MAYUMANA actuam no CCB



Depois de duas digressões realizadas em Portugal, em 2001 e 2003, os Mayumana regressam finalmente a Lisboa com a sua criatividade única, novos números e momentos surpreendentes.
O grupo foi fundado em 1996 por dois percussionistas, Eylon Nuphar e Boaz Berman, com o objectivo de criar um espectáculo rítmico no qual pudessem combinar elementos provenientes das mais variadas artes. Sendo constituído actualmente por membros de diferentes culturas e geografias, o grupo Mayumana procura transformar cada pessoa numa performance e cada indivíduo num grupo, preservando, ao mesmo tempo, a contribuição criativa de cada elemento na concretização do espectáculo.
O resultado é um evento único, uma combinação perfeita entre a música feita com elementos do quotidiano, vibrações empolgantes, diversão e a dança. Em definitivo, um espectáculo total, para todos os públicos que gostam verdadeiramente de humor e ritmo.

25 A 28 OUTUBRO NO GRANDE AUDITÓRIO DO CCB

25 E 26 OUT. ÀS 21:00


27 OUT. ÀS 16:30 E 21:00


28 OUT. ÀS 16:30

CARLOS DO CARMO EM SESIMBRA


Após uma curta ausência da cena musical, por motivos de saúde já ultrapassados, Carlos do Carmo volta aos palcos. A pequena intervenção cirúrgica a que foi submetido não veio comprometer o espectáculo agendado para o próximo Sábado, dia 27 de Outubro. Neste momento encontra-se perfeitamente restabelecido.

Carlos do Carmo irá estar presente no renovado Cine-Teatro João Mota, em Sesimbra, para celebração da nova programação. O auditório, fechado desde 1995 por "falta de condições", abriu as portas no passado dia 14 de Abril oferecendo à população da localidade uma programação diversificada, havendo grande ênfase na produção de espectáculos musicais.

O espectáculo está previsto para as 21:30.

Mundo Cão ao vivo em Portalegre


Pedro Laginha, actor, colaborara já com os Mão Morta de Miguel Pedro e Vasco Vaz, no clip de "Cão da Morte" e posteriormente em alguns temas do último álbum dos mesmos ("Gumes" com Adolfo Luxúria Canibal, e coros em "Estilo" e "Vertigem"). Dessas, muito positivas colaborações, sobressaía a disposição de se fazer "algo mais"...

O esboço dos Mundo Cão nascia por esta altura.

O projecto, a banda, o grupo, soa muito simplesmente a … rock (dito de forma abrangente e descomplexada sem a procura de rótulos tão em voga hoje em dia).

Eles são caras conhecidas e reconhecidas por quem gosta de boa música (e não só): na voz, Pedro Laginha, na bateria, Miguel Pedro, nas guitarras, Vasco Vaz e Gonçalo (aka Budda), no baixo, Nuno Canoche.

Contando com a preciosa ajuda do "Joker" Adolfo Luxúria Canibal, como autor de todas as letras, os Mundo Cão lançaram em 2007 o primeiro álbum, com o título de "Mundo Cão", do qual se destacam os dois singles, o recente "Caixa da Razão", e o anterior "Morfina".


Os Mundo Cão, vão estar no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre, no dia 26 de Outubro pelas 23 horas no Espaço Café - Concerto.

Ala dos Namorados no Casino Lisboa


Ala dos Namorados apresenta novo álbum
em concerto no Casino Lisboa


Com a tecnologia Bluetooth interactiva no Arena Lounge, a Ala dos Namorados protagoniza o segundo “Concerto Arena Live 2007”, na próxima Segunda-Feira, pelas 22 e 30.
A voz inconfundível de Nuno Guerreiro apresenta os melhores temas do novo álbum “Mentiroso Normal”, não esquecendo outros “clássicos” do repertório do grupo.
Numa original iniciativa, o Casino Lisboa convida os seus visitantes a experimentar um novo teste de comunicação via Bluetooth, oferecendo, por telemóvel, um conjunto de biografias e de fotos da Ala dos Namorados, assim como do próprio programa de concertos, que se prolonga até ao final do ano.
Em estreia absoluta no Casino Lisboa, a Ala dos Namorados propõe uma noite dedicada à música portuguesa, interpretando as melhores canções de originais de “Mentiroso Normal”. Concluído no final de 2006, este aguardado processo criativo contou com a colaboração de João Martins e Rui Guerreiro.
Com produção de Manuel Paulo, “Mentiroso Normal” é o primeiro CD concebido pela Ala dos Namorados, após a saída de João Gil, uma das principais referências do percurso musical da banda. Este álbum assinala, ainda, a estreia como compositor de Nuno Guerreiro, que escreve a letra da canção “Voltas (do meu destino)”.
Registo, bem conhecido, da novela “Ilha dos Amores”, emitida pela TVI, “Caçador de Sois” foi o single escolhido paro o lançamento de “Mentiroso Normal”.
Aliás, o tema “Caçador de Sois” constitui um dos mais recentes êxitos da Ala dos Namorados, sendo presença assídua nas principais rádios nacionais.
As letras deste CD continuam a cargo de, João Monge, que conta com a parceria de Carlos Tê num dos temas do álbum. “Mentiroso Normal” reune doze faixas, entre as quais se destacam, também, “Sem Vintém”, “Espaço Reservado”, “Voltar a Ser”, “Matas-me”, “Samba do Crime”, “Treze Anos, Nove Meses” ou “Passagem”.
Desde 1994, a Ala dos Namorados editou sete álbuns, revelando uma inesgotável criatividade, através de canções como “Razão de Ser”, “Ao Sul”, “Solta-se o Beijo”, “Zé Passarinho” ou “Loucos de Lisboa”, “Como Seria” ou “Café Paraíso”.

Noite Wenceslau no Teatro Municipal de S.Luis



NOITE WENCESLAU
29 OUT
SEGUNDA ÀS 22H00
JARDIM DE INVERNO
ENTRADA LIVRE


António Jorge Gonçalves e Rui Zink apresentam o seu trabalho de pesquisa criativa efectuado na viagem no Japão em 2005 (na qual foram bolseiros da Fundação Oriente), por ocasião da publicação do romance gráfico REI.
Tendo como guia Wenceslau de Moraes, o conhecido orientalista português, a noite será de palavras, imagens e música sobre a cultura japonesa e suas várias declinações, em particular a forma ocidental de nos debruçarmos sobre ela.

Defesa do Ambiente pela Estoril Sol


Estoril Sol transforma materiais não recicláveis
em acessórios de moda exclusivos


Numa inovadora iniciativa de protecção do ambiente, a Estoril Sol adoptou um programa que visa transformar os materiais não recicláveis das suas campanhas publicitárias em acessórios de moda.
São peças únicas concebidas, nomeadamente, através do riquíssimo espólio de espectáculos do Casino Estoril e Casino Lisboa.
A partir das telas publicitárias utilizadas nos espaços dos seus casinos, a Estoril Sol solicitou os serviços de uma empresa especializada para conciliar a reciclagem com o design de acessórios, criando modelos exclusivos de malas, sacos e carteiras.
De facto, com uma significativa aposta na publicidade exterior e de grandes formatos, a Estoril Sol atribui um final adequado a materiais altamente poluentes, como são os plásticos de alta resistência (PVC).
Com este original programa de alcance social, a Estoril Sol resolve, assim, um problema ético em termos ambientais difícil de equacionar, concebendo, paralelamente, um diversificado conjunto de ofertas institucionais.

Celeste Rodrigues homenageada no Museu do Fado

A fadista Celeste Rodrigues é homenageada sexta-feira no Museu do Fado, em Lisboa, pelos Amigos do Fado que lhe reconhecem "a voz bonita, capacidade interpretativa e a regularidade de uma carreira".

"A Celeste Rodrigues, com uma carreira de mais de 50 anos, está a cantar melhor do que alguma vez cantou, com uma voz muito bonita e uma capacidade interpretativa extraordinária", afirmou à Lusa Julieta Estrela de Castro, presidente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado (APAF).
A homenagem decorrerá no auditório do Museu ao final da tarde e nela participarão os fadistas Vítor Duarte Marceneiro e Argentina Santos, que serão acompanhados por Luís Ribeiro (guitarra portuguesa) e Jaime Martins (viola).

A fadista Celeste Rodrigues, 84 anos, em declarações à Lusa, afirmou: "não sei se mereço, mas é uma simpática homenagem".

À associação liga-lhe "a amizade de mais de 40 anos de um dos seus fundadores, Luís de Castro. "Gostam e amam o fado e isso é suficiente, porque é muito importante" - salientou.

A fadista reconhece que a sua timidez e humildade naturais a levam "a ficar sem jeito nestas coisas", até porque gosta pouco de falar de si própria.

"O meu sonho não era ser artista, gostava imenso de cantar no meio dos fadistas, não em público, mas aconteceu", disse.

Aconteceu em 1945 quando o empresário de espectáculos José Miguel a ouviu cantar "numa roda de amigos" e a contratou imediatamente para o Café Casablanca, em Lisboa (actual Teatro ABC).

Desde então não tem parado, tendo pisado os mais variados palcos nacionais e internacionais, além de uma presença constante nas casas de fado, designadamente A Viela, Parreirinha de Alfama, O Embuçado, Bacalhau de Molho e Casa de Linhares.

"O público tem sido muito bom para mim, não me posso queixar", afirmou.

Com um novo álbum, editado ainda só na Holanda, Celeste Rodrigues afirmou que viveu "momentos muitos felizes" recentemente no espectáculo "Cabelo branco é saudade" de Ricardo Pais com o qual percorreu vários palcos nacionais e europeus.
"Tivemos muito êxito, não o digo por mim, mas por todos", sublinhou.

Quanto ao novo CD, escolheu vários poetas contemporâneos como Hélder Moutinho de quem gravou três poemas e afirma "gostar muito da forma como escreve", ou Tiago Torres da Silva, para músicas tradicionais de fado, e algumas originais.

"Gravei também um fado do Jorge Fernando, música e letra, de que gosto muito, 'Ouvi dizer que me esqueceste', e um do José Luís Gordo, que canto há muito tempo e é lindíssimo, 'O meu nome baila no vento'", afirmou.

"Para mim é muito importante o poema, e depois oiço o trinar das guitarras e acontece, mais não sei dizer, até porque não percebo nada de fado, o fado é para se sentir", sentenciou.
Daí “a grande característica de Celeste, a sua entrega em cada fado que canta”, rematou Julieta Estrela de Castro.

Para a criadora de "A lenda das algas" (Laierte Neves/Jaime Mendes), entre outros êxitos como "Saudade vai-te embora" (Júlio de Sousa), "o fado não pode acabar e ao lado da guitarra e da palavra saudade é uma característica portuguesa".

Na sexta-feira a APAF celebra treze anos e após a cerimónia no Museu do Fado realiza-se uma tertúlia fadista no restaurante Fado Maior.
"Será o continuar do convívio, falando sobre fado e debatendo ideias", disse Julieta Estrela de Castro, que reivindica para a APAF "o pioneirismo nos debates e palestras sobre fado, muito antes de existir o Museu ou do fado estar tão em voga como actualmente".

Criada com o sentido de "divulgar e incentivar a investigação do fado como elemento característico da cultura portuguesa" a APAF tem uma colaboração "assídua e constante" com o Museu do Fado, de que é consultora.
Todavia, ressalvou Julieta Estrela de Castro, "o estatuto de consultora é relativizado muitas vezes".
A presidente da APAF gostava que "os portugueses conhecessem melhor o fado e não perdessem a memória dos grandes valores que o constituem".

Relativamente ao recém estreado filme "Fados", de Carlos Saura, Julieta Estrela considera que "Amália devia ter sido melhor tratada e não aparecer apenas a ensaiar um fado que ninguém reconhece".
Para a presidente da APAF "como filme, é agradável e proporciona bons momentos de espectáculo, mas defrauda o espectador do ponto de vista histórico e conceptual do fado".

A APAF prevê ainda "realizar outras iniciativas, não só no Museu do Fado como noutros espaços de Lisboa, como já aconteceu, designadamente no Teatro Taborda, Fonoteca e Videoteca".

Texto: Lusa

Latada de Engenheiria do Porto